QUEM?
Redações realizadas no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), prova aplicada anualmente e cuja pontuação vale determinada porcentagem na nota do vestibular e que também é a nota única para aprovação de candidatos para algumas universidades estaduais e federais em todo o Brasil.
O QUÊ?
Durante as correções das provas realizadas no ENEM, situações absurdas foram dispostas durante os textos. Um caso em particular atraiu atenção da mídia, de professores e principalmente de alunos e candidatos que prestaram ou prestarão a prova: um dos estudantes decidiu que para evitar que a redação ficasse cansativa, seria uma boa ideia escrever a receita de como fazer um "belo miojo". O texto, ridículo por si só, colocou em pauta muito mais do que a seriedade do exame; quem corrige as redações está de fato lendo, ou não presta qualquer atenção? Qual é o limite de aceitação de um bom texto? Quais são os pré-requisitos para uma redação perfeita e o que a torna inaceitável? Questões como essas e muitas outras estão deixando os responsáveis pelo ENEM de cabeça-quente. O INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Nacionais Anísio Teixeira), órgão responsável por toda a prova do ENEM, tentou se justificar, alegando que o autor da "redação do miojo" não havia de forma alguma "fugido ao tema proposto”. Quando questionados sobre como tal redação pode obter nota superior à 50%, houve ainda alegações de que os responsáveis pela avaliação não levam em conta cada parte da redação, mas focam no cunjunto do texto como um todo.
Só na edição do ENEM de 2012, de acordo com o presidente do INEP, Luiz Cláudio Costa, havia mais de 300 redações com informações indevidas. Para a próxima edição, estão sendo avaliadas possibilidades de zerar esse tipo de redação.
QUANDO?
Este caso no mínimo curioso ocorreu durante a aplicação do ENEM 2012. Sua primeira versão é de 1998, quando seu objetivo era avaliar a educação no país. Em 2009, sua segunda versão foi inaugurada, com aumento do número de questões e servindo como substituta ao antigo vestibular.
POR QUÊ?
Várias pessoas acreditam que o caso do miojo foi nada menos que uma crítica à terrível forma como as redações são avaliadas. Com mais de um milhão de redações e pouco mais de 5 mil corretores, sendo que cada uma delas passa por pelo menos duas pessoas, seria possível avaliar justa e corretamente cada redação? O MEC diz que sim, e que não há aleatoriedade nas notas.
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