segunda-feira, 25 de março de 2013

Crise da ilha de Chipre


QUEM?

A ilha de Chipre, no Mediterrâneo, é conhecida por ser, como algumas ilhas ali na América Central, paraíso fiscal e ponto turístico paradisíaco, principalmente para grandes investidores (com certa maioria russa), e hoje está rumando à falência.

O QUÊ?
A ilha de Chipre foi um dos maiores prejudicados com a crise grega. Os bancos cipriotas perderam 4 bilhões de euros com os credores em Atenas ,e por fim, ficaram sem fundos. O governo decidiu financiar todos eles, e o resultado foi catastrófico: a dívida pública teve um aumento de quase 100%.


QUANDO?
O grande problema começou a cerca de um ano, quando a União Europeia decidiu perdoar quase metade da dívida grega no intuito de evitar a falência do país. Nessa jogada, os bancos cipriotas tiveram um déficit entre 4 bilhões e 5 bilhões de euros! 

POR QUÊ?
Chipre não é um paraíso apenas pelas praias maravilhosas, mas também pelos inacreditavelmente baixos impostos sobre rendas de empresas: enquanto na Europa esse imposto está entre 25% e 35%, na ilha de Chipre ele não bate os 10%. Estes números já ajudam a compreender o porquê do sistema bancário do pequeno país ser tão atrativo aos empresários milionários.
Especialistas acreditam que um dos pilares da bancarrota da economia cipriota foi o próprio sistema bancário do país, que tem um peso grande demais sobre a economia. "Os ativos dos bancos cipriotas representam 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, enquanto a média europeia é de 3,5%", diz a especialista em mercados financeiros do Observatório Francês de Conjuntura Econômica, Anne Laure Delatte.

PARA SIMPLIFICAR:
Por ter uma economia muito forte em seu próprio país, o Chipre acabou se desestabilizando depois da crise que abalou a Europa, graças ao grande número de empréstimos e dívidas, em sua grande maioria à Grécia, que nunca pode pagar. Com esse grande buraco na economia, programas de apoio estão sendo pensados entre os membros do FMI e da UE.

E O POVO?
Um dos planos propostos previa uma cobrança de taxa de 6,75% em contas bancárias com valores entre 20 mil e 100 mil euros (equivalente a R$ 52 mil e R$ 260 mil) e uma taxa de 9,9% em contas com valores maiores que estes. Isso causou desespero popular e uma corrida aos caixas eletrônicos e preocupação entre os correntistas de toda a Europa. Acontece que o parlamento de Chipre recusou essa proposta e agora representantes do FMI, da UE e do Banco Central Europeu estão buscando um plano B. Para evitar a retirada em massa das poupanças, os bancos foram fechados até a próxima quinta-feira, 28 de março.

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