QUEM?
Vladimir Herzog era na verdade Vlado Herzog, mas trocou de nome porque considerava o seu muito exótico para o Brasil. Nasceu na Iugoslávia, atual Croácia, e veio para o Brasil com seus pais, ainda pequeno, fugindo da Segunda Guerra Mundial. Se formou em Filosofia na USP e trabalhou como jornalista, professor e dramaturgo. Atuou ativamente no movimento de resistência contra a ditadura brasileira e foi torturado até a morte por militares em São Paulo.
QUANDO?
Vladimir morreu em 25 de outubro de 1975, com 38 anos de idade. Na época, foi divulgado que ele havia cometido suicídio, enforcando-se em sua cela. Porém, três anos depois, em 1978, um processo movido pela família Herzog trouxe à tona as verdades sobre sua morte: ele havia sido vítima da tortura militar.
E AÍ?
Em setembro do ano passado o Tribunal de Justiça de São Paulo exigiu que a certidão de óbito de Vladimir Herzog fosse retificada, ou seja, "corrigida" para que ela apresentasse as verdadeiras causas da morte do jornalista. Foi somente agora, dia 15 de março de 2013 que a família recebeu da Comissão da Verdade o novo atestado de óbito, trazendo oficialmente como causa da morte "lesões e maus-tratos sofridos durante o interrogatório nas dependências do segundo Exército DOI-Codi" e não mais "enforcamento por asfixia mecânica", como constava antes.
E O QUE ISSO SIGNIFICA?
Segundo a família, isso significa não só acabar de uma vez por todas com a farsa que rondava a morte de Vladimir mas também encorajar as famílias de outras vítimas a fazerem o mesmo. Apesar de ter sido um passo de grande importância, as investigações e a luta dos parentes ainda vão continuar, para que sejam descobertas as circunstâncias da morte do jornalista.
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