quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Crise Migratória

O QUÊ?
Países europeus estão em crise após o considerável aumento na taxa de refugiados em seus territórios.

QUANDO?
O fluxo de imigração sempre existiu ao longo das décadas, mas registrou seu recorde nesse ano de 2015, quando mais de 300 mil pessoas tentaram refugiar-se na Europa.

POR QUÊ?
A maior parte dos refugiados vem da Síria, seguido de Afeganistão. Países africanos como Senegal, Guiné, Mali, Eritréia e Gâmbia também possuem altas taxas de emigrantes. As razões pelas quais os refugiados saem de seus países variam muito, mas incluem o medo da violência, pobreza, miséria e principalmente a forte repressão política e religiosa, em regiões onde o Estado Islâmico atua.  
É importante salientar também que não são só os países europeus que estão recebendo um enorme número de imigrantes. O Líbano, por exemplo, abriga 1,2 milhões de sírios. Em uma população total de 4,5 milhões, o fluxo altíssimo de pessoas ameaça a infraestrutura da região. 
Os que não vão para os campos de refugiados lotados, em países vizinhos, tentam cruzar o Mediterrâneo e chegar à Europa. Os principais pontos de desembarque são a Itália e a Grécia. Por lei, a Europa permite que o refugiado peça asilo no país em que chegou. A Alemanha, no entanto, abriu uma exceção para os sírios que fogem da guerra, permitindo que peçam asilo em seu território. Essa "brecha" fez com que a Alemanha seja um dos países mais requisitados pelos imigrantes. 

COMO?
Os que desejam atravessar o mar para chegar à Europa se arriscam contatando traficantes que promovem essa travessia, feita em barcos e botes superlotados. Além de não terem segurança alguma, cruzar o Mediterrâneo ilegalmente ainda custa caro, podendo chegar a 10 mil por pessoa, sem nenhuma garantia de chegada ao destino desejado. As condições precárias e embarcações superlotadas fizeram com que mais de 1750 imigrantes morressem no Mediterrâneo no ano de 2015. Esse número é 30 vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2014. 

E AÍ?
A assustadora taxa de crescimento de mortes de um ano para outro e as condições precárias em que muitos refugiados se encontram, pressionam as autoridades europeias a tomarem decisões que possam solucionar a crise. Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, pediu aos países da União Europeia que recebam 160 mil refugiados, distribuindo assim, de forma organizada, a grande concentração de pessoas que chega à Itália e à Grécia.

MORTE DO MENINO ALAN KURDI:
Alan Kurdi é o garoto de três anos que aparece morto, deitado na areia, na foto que ficou mundialmente conhecida na semana passada. A família do garoto era de Kobane, cidade síria que sofre com extremismo islâmico, e iam tentar cruzar o Mediterrâneo -da Turquia para a Grécia- buscando fugir dos conflitos da terra natal. Na madrugada de quarta-feira, dia 2 de setembro, quando a família tentava fazer a travessia, a 500 metros da costa da Turquia, o bote começou a afundar. O pai da família, Abdullah Kurdi, relata que, em pânico, alguns levantaram da pequena embarcação, que virou imediatamente. Depois disso, ele tentou segurar seus filhos, sem sucesso. Da família, somente Abdullah Kurdi sobreviveu, sua mulher e seus dois filhos faleceram. Além deles, mais nove pessoas que estavam no bote também se afogaram e não conseguiram sobreviver.


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